sexta-feira, 23 de setembro de 2011

COMEMORAÇÕES DO JUBILEU DE 90 ANOS - 7ª Parte

Várias gerações na Escola Manoel
“90 anos de história, na história da educação de um povo”.
                                                                        Por:
Leila Maria Rangel Bottacini
Élcia Ednéia Guareschi Ricardo
Nilda Aparecida Vessoni Urbano

A E.E. Manoel Silveira Bueno, ao longo de seus 90 anos de existência recebeu várias gerações que aqui estudaram e guardam na lembrança bons momentos que serão levados para a vida toda. Recebeu também vários profissionais que aqui trabalharam e se sentem honrados por fazer parte dessa história de sucesso.

É com prazer que falo da Escola Manoel, da qual guardo boas recordações. Lembro-me com carinho das professoras: Dona Mariana, Dona Rosina, e de modo especial da professora Marina Barros que com sua bondade e carinho me marcou muito. Também dos funcionários da época.
A frente a escola era mesma, só que a escola era menor.
Ao final do 4º ano havia o exame final que era muito rígido. Minha formatura foi no antigo Cine São José, atual agência do Bradesco, onde Dona Marina me presenteou com um lindo vestido e eu para homenageá-la dei um ramalhete de flores. Que saudades...
Maria Aleixo Romanenghi – ex-aluna da escola

Nasci no Bairro Tijuco Preto em Itápolis-SP, mudei para o Bairro Tanquinho em Borborema, onde cursei por dois meses a escola rural do mesmo bairro.
Depois comecei a estudar na Escola Manoel na cidade, era um tempo de sacrifícios e dificuldades, pois tinha que ir a pé para a escola.
Lembro-me com carinho da professora Dona Bisuca e de meu amigo Julinho Pegorin e das travessuras que fazíamos.
Não terminei o primário, mas guardo boas recordações da infância vividas na Escola Manoel.
Valentim Romanenghi – ex-aluno da escola

Casado com Elaine Izildinha de Paula Romanenghi e pai de Vitória de Paula Romanenghi, aluna da Escola Manoel.
Cursei da pré-escola até a 8ª série na Escola Manoel.
Guardo boas recordações das professoras: Áurea, Jacira Hartung, Conceição Kojoroski, Ilda Rosa, Valdemar Veludo e Dona Rosita, que substituiu por dois meses, dos queridos funcionários: Eledarci, Santo Bellini, Santa Cortez, da inspetora Marilza, Sr. Juvenal e das diretoras: Soely e Arlete.
A escola era um ambiente onde o respeito prevalecia. Durante o recreio brincávamos de bolinha de gude e jogávamos futebol com “bola de meia”. Ainda tenho na lembrança o cheiro da sopa que Dona Santa preparava com muito carinho. Naquela época os refrigerantes vinham em garrafas de vidro e tampinha de metal, que os inspetores Santinho e Eledarci furavam a tampinha para tomarmos o refrigerante em baixo da inesquecível e frondosa paineira.
Da 5ª a 8ª série me lembro da professora Dona Lúcia, Dona Cristina Donadio, do Sr. Pérsio que ministrava aulas de Ed. Física no período contrário as aulas e também do uniforme, shorts azul, camiseta branca, meias brancas e tênis.
Valentim Romanenghi Junior – ex-aluno da escola

            Da 1ª série até os dias atuais sou aluna da Escola Manoel
Minhas professoras foram: Jucimara, Marisa, Marina e Arlete. Eu tenho muita estima pelos diretores, professores, funcionários e colegas. Adoro participar das comemorações cívicas e festividades da escola. No recreio gosto de sentar na pracinha da escola debaixo das árvores que por sinal é um lugar muito aconchegante. Agora, estou cursando a 5ª série, gosto de todos os professores e não enfrento dificuldade nos conteúdos dados.
Vitória de Paula Romanenghi – aluna da escola
 
Recordações
                        
Escola querida
Eternamente me lembrarei

Momentos tão importantes...
Amigos verdadeiros e batalhadores.
Notável prédio, lindo...
Otimismo, uma infinidade de recordações...
Experiências vividas.
Lembranças boas, eternas...

Situações novas e decisivas,
Importantes em minha vida.
Lutas e recompensas,
Valores vivenciados.
Espírito em agradecimento
Investimentos e realizações
Resultados obtidos.
Alunos capazes, amorosos e felizes.

Borborema, cidade vizinha
Unica e acolhedora
Escola amada, suntuosa
Noventa anos, parabéns!
Orgulho de nossa Terra e de minha vida.

Profª Arlete Reguin Bráz - Itápolis

A escola Manoel sempre foi considerada de alto padrão, onde o comprometimento com o trabalho escolar é prioridade, por isso, os 90 anos da escola representam para toda a comunidade uma história de luta, conquistas e sucessos...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

COMEMORAÇÕES DO JUBILEU DE 90 ANOS - 6ª Parte

Relembrando os bons tempos
“90 anos de história, na história da educação de um povo”.

                                                                  Por:
Maria Ângela Carvalho M. Matheus
Daisy Benedita dos Santos
Helena Maria de Souza Médici



Nesses 90 anos da Escola Manoel muitas pessoas fizeram história estudando ou trabalhando na unidade escolar. Hoje relembram com saudades, amor e gratidão do tempo em que aqui estiveram e contribuíram para que a escola se tornasse referência de ensino em nossa cidade.

Crônica de Saudade

Faz mais de vinte anos que fui Diretora da Escola Manoel Silveira Bueno em Borborema, e a trago na minha lembrança, como um tesouro que se guarda no compartimento mais precioso do coração.
Quando fui para lá, para assumir o cargo de Diretor de Escola, no ano de 1985, estava no apogeu da minha trajetória profissional. Como professora, havia passado por todos os crivos da sala de aula, desde as classes multisseriadas na zona rural, até as turmas numerosas e problemáticas do Ensino Médio das Escolas Públicas da Grande São Paulo. Fui para a Direção com o propósito de estabelecer sólida ponte, que interligasse todas as nuances do processo educacional, fazendo da Escola, um todo articulado e coerente, capaz de tornar o trabalho produtivo, sem que se perdesse o prazer de fazê-lo.
O segredo do sucesso que tive, residiu na qualidade dos profissionais que encontrei, ávidos, como eu, por uma Escola que “fizesse a diferença”.
Foi o nosso compromisso com a Educação que nos referendou diante da comunidade, com a qual sempre pudemos contar e fazer da “Nossa Escola”, um ponto luminoso no crescimento de tantas crianças e jovens.
Trabalhávamos com alegria.
Havia uma efervescência no nosso fazer administrativo e pedagógico, que nos tornava incansáveis e sempre positivamente motivados.
Aos Diretores, Professores, Funcionários e Alunos da Escola Manoel Silveira Bueno de hoje, que completa 90 anos de um existir pela Educação e pela cidadania, desejo a mesma sorte que tive.
Foi um privilégio poder contribuir com o meu trabalho e o meu sonho de educador, para a construção de um mundo melhor, mais humano e mais fraterno, onde lutávamos para que o conhecimento e a ciência andassem juntos com a ética, com a decência e com os valores mais importantes para a felicidade dos homens.
Quero ainda, que todos os que comigo estiveram naqueles anos magníficos, saibam do imenso significado que tiveram para a minha vida profissional e pessoal e que os corredores ventilados, as paredes, as salas, os murais, o jardim e as portas amigas da Escola “Maneco”, fazem parte da arquitetura do meu ser e representam um tempo onde fui, sobretudo, muito feliz.
Para encerrar esta crônica de saudade, que é também um testemunho de vida, dedico aos professores de agora, sempre tão parecidos com os de ontem, trechos de um de meus poemas prediletos:

“Professor,
Lutador de estafante jornada.
Irreconhecido,
Mal remunerado,
Olvidado
Como tantos outros trabalha dores deste país.
Mesmo assim segues
Inquebrantável,
Espargindo luz.

Professor, assim tu és...
Educador simplesmente,
Protetor da semente
Destinada a ser flor”

Soely Camargo Manoel
Itápolis, agosto/2011.


Falando de amor e gratidão

Pra mim, a Escola Manoel Silveira Bueno é amor e gratidão. Como não amar e ser grata a equipe de professores, funcionários, pais e comunidade escolar participantes da minha vida profissional?
A Escola Manoel Silveira Bueno mostrou-me ainda mais, a importância de valores éticos que norteiam a amizade, a gratidão, o respeito às diferenças existentes no ser humano, pois precisamos administrá-las para sermos felizes!!!
A Escola Manoel Silveira Bueno na trajetória dos seus 90 anos, foi se adaptando às mudanças exigidas pelo sistema educacional, acompanhando a “evolução do tempo”, se reorganizando, mas nunca mudou sua essência.
Sem discriminação, sem preconceitos com as classes sociais que assistiu e assiste, tem na formação do aluno, seu interesse e sua preocupação maior.
Queridos colegas, li uma citação interessante e bem verdadeira do presidente de Israel, Shimon Peres, recomendando ao Brasil, que “a educação não é despesa, mas investimento”.
Que falta sentimos disso não é mesmo? A falta de amor, gratidão, de respeito por parte de alunos, pais, absurdos trazidos rotineiramente pela mídia, o desrespeito às escolas mostram a realidade vivida nos dias atuais.
A nossa querida Escola Manoel jamais perdeu o foco dos seus objetivos, apesar de tantas adversidades.
Parabéns funcionários, professores, diretores, alunos e comunidade borboremense.
Saudades, amor e eterna gratidão à minha querida equipe escolar.
À Escola Manoel Silveira Bueno, parabéns pelo seu aniversário e por todas as conquistas.

Professora Arlete Bruno dos Reis
Diretora de Escola Aposentada


Parabéns Escola Manoel

Com grande satisfação e alegria quero prestar esta homenagem ao meu querido Manoel Silveira Bueno, pelos seus 90 anos de existência.
Todos comemoram seu aniversário e porque não comemorar os 90 anos de uma instituição de ensino que preparou e continua preparando jovens para o nosso futuro.
Anos atrás a Escola Manoel já existia onde hoje se localiza a loja do Salvador. Lá eu estudei nos meus primeiros anos, lá fui alfabetizada pela professora Mariana Bittar, excelente mestra, só que o ensino naqueles anos tornava-se mais difícil, faltava muito material didático, os alunos em sua maioria vinham a pé para a escola e muitos moravam em sítios ou fazendas.
Hoje, a nossa Escola Manoel tem prédio próprio, com frequência maior de alunos, atendendo todo o nosso município.
Iniciei minha carreira de magistério em 1970, e aqui me aposentei em 1997, foram anos de luta, juntamente com minhas colegas de trabalho.
O diretor na época era o Sr. Geraldo Roque Doro e sua auxiliar era sua esposa D. Lúcia.
Os professores eram excelentes, tinham interesse em ensinar, e as crianças aprendiam, os alunos respeitavam muito os professores, para muitos alunos o professor era tido como um ídolo.
Infelizmente hoje o ensino se tornou um pouco mais difícil, a realidade é outra, os valores estão se perdendo. Só que os professores continuam competentes e bem qualificados para que o ensino melhore.
Devemos muito nos orgulhar, pois muitos borboremenses passaram pelos bancos escolares da Escola Manoel, tornando-se grandes homens: engenheiros, advogados, médicos, físicos, químicos, professores, dentistas, pessoas simples, etc., pessoas honestas que levaram conhecimento a muitas outras pessoas.
Escola Manoel Silveira Bueno, parabéns pelos seus 90 anos, continue produzindo muito para cada vez mais o Brasil crescer, e forme pessoas produtivas para nossa querida Borborema.
Escola Manoel você merece o nosso respeito.
Parabéns! Parabéns!!!!

Magali Torres
Professora Aposentada

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

COMEMORAÇÕES DO JUBILEU DE 90 ANOS - 5ª Parte

CONSTRUTORES DA NOSSA HISTÓRIA
“90 ANOS DE HISTÓRIA, NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE UM POVO”
                                                                      Por:
Esvânia Eliza Pilhalarme de Souza
Marisa Gonçalves da Cunha Godoi
Maria Eugênia Cirezola

Durante as comemorações dos 90 anos da E.E. Manoel Silveira Bueno, muitos depoimentos estão sendo dados por aqueles que fizeram parte dessa história de sucesso, pessoas que durante uma vida inteira se doaram na arte de ensinar e outras que sentaram em seus bancos e receberam todo o carinho, afeto e as portas abertas ao conhecimento. Todos relembram com saudades daqueles tempos e rendem suas homenagens nesse momento festivo.

1º Depoimento
Em 29 de setembro de 2011, dia em que a E.E. Manoel Silveira Bueno completa 90 anos, quero homenageá-la por toda a contribuição dada à querida Borborema e que continue sempre nesse caminho.
É com muita saudade, orgulho e honra que a parabenizo.

D. Laura Ferraz de Arruda Juliano
Professora Aposentada

(D. Laura trabalhou em nossa escola por 20 anos e completou 100 anos em maio de 2011)

2º Depoimento
Quando ia para a escola, todos os alunos vinham de uniforme (meninas de saias de pregas), tinha muito respeito entre todos.
Durante toda a minha vida sempre participei de muitos movimentos... Um dos últimos foi ajudar a fundar uma “entidade filantrópica” em nossa cidade em prol das pessoas portadoras de câncer e fiquei a frente deste grupo de apoio por 10 anos, onde sempre demonstrei toda a minha solidariedade e empenho em ajudar ao próximo.
“...dediquei a minha vida ao grupo renascer com muito amor ...”
Quero agora aproveitar a oportunidade e cumprimentar a Escola Manoel Silveira Bueno pelos seus 90 anos de existência.
Luíza Gomes Viu - Fundadora do Grupo Renascer

3º Depoimento
Parabéns à Escola Manoel Silveira Bueno pelos seus 90 anos de existência. É com muito orgulho que apresento estes votos a esta escola onde encerrei minha educação no primário em 1958 de onde ainda, após tantos passados, guardo muitas felizes lembranças !!!
Tenho certeza que a escola continuará formando, educando bem, muitas pessoas por mais vários 90 anos!!!

Prof. Dr. Antonio Aparecido Mozeto
Professor da UFSCar

4º Depoimento
...Recordo-me muito do tempo que estudava na Escola Manoel (Grupo Manoel Silveira Bueno), do diretor o Sr. Geraldo Roque Doro, que era uma pessoa muito rígida, nunca sorria pra ninguém...
Usávamos um uniforme que era saia azul de pregas, camisa de gola com bolso, sapato preto e meias brancas, era tão lindo quando formávamos a fila, todos iguais, sem distinção.
Tenho muitas recordações, mas as que mais me marcaram foram de duas professoras que até hoje as respeito muito: “Dona Leda Torres” e “Dona Clarinda Vergaças”.
Parabéns a Escola Manoel Silveira Bueno, sou muito grata pelos meus estudos, do meu esposo e de meus filhos.
Natalina Ferreira de Souza Brilhante – Comerciante

5º Depoimento
Nasci OLAIA RODRIGUES SILVEIRA BUENO, filha de Wilson Silveira Bueno e Dolores Rodrigues Silveira Bueno e neta de Manoel Silveira Bueno e me orgulho de poder contar a minha passagem pela Escola Manoel Silveira Bueno.
Foram apenas quatro anos, quando cursei o Grupo Escolar (1º ao 4º Ano), mas confesso, com orgulho, que foram os mais importantes em minha vida, pois influenciaram diretamente na minha formação onde aprendi os princípios básicos de alfabetização, educação, religião e, principalmente, formação moral, ensinamentos estes ministrados por pessoas que fazem parte de minha vida como as Professoras Ana Cândida, Lourdes Martins Carvalho Braga, Margarida Meirelles, Dona Bizuca além de outros.
Lembro-me perfeitamente do meu 1º Ano, classe mista e Dona Ana, nossa Professora, colocava-nos sentados com os meninos, sempre muito enérgica, mas sempre muito dedicada e como aprendíamos com ela. Guardo-a no meu coração.
Lembro-me dos colegas de classe e do Grupo Escolar, e principalmente do horário do recreio, quando nos era servido as sopas, achocolatados, mas o lanche era pago. Lembro-me também de Dona Elvira e Sr. Sebastião, com seu carrinho de pipocas, paçocas e outras guloseimas, que ficavam do lado de fora da Escola. Quanta saudade!
Nas datas comemorativas, tais como aniversário da cidade, 7 de Setembro, participávamos ativamente dos desfiles, com um sentimento de patriotismo muito mais forte do que vemos hoje e eu me orgulhava de vir  à frente da Escola, ocupando o posto de Porta Bandeira.
Por certo, poderia me estender por laudas e laudas para contar os momentos vivenciados na minha passagem por essa querida Escola, mas peço licença para dedicar algumas palavras a uma pessoa muito especial, que depois de muitos anos voltaria a frequentar os bancos de nossa querida Escola Manoel Silveira Bueno. Falo de meu pai Wilson Silveira Bueno que aos 80 anos de idade cursou o Supletivo. Como ele amava ir para a Escola. Ficava esperando seus colegas passarem e com um sorriso imenso de felicidade se dirigia para a sua aula. Tinha imenso amor e respeito por suas Professoras, o que, aliás, há que se destacar, pois os Professores eram muito mais respeitados tanto pelos alunos como pela sociedade e principalmente pelos órgãos governamentais.
Voltando ao meu pai, relembro sua alegria ao concluir seus Estudos ao final do ano com grande comemoração e realização pessoal, mas que infelizmente, acabou nos deixando no inicio do ano seguinte.
Aliás, fica aqui nosso pleito de reconhecimento àqueles que o homenagearam fundando o Coral Wilson Silveira Bueno o que nos deixa muito lisonjeados principalmente quando entro nessa querida Escola e tenho a oportunidade ver lado a lado as fotos de meu pai e meu avo, e em especial nessa oportunidade que tenho de exaltar a minha gratidão e minha homenagem pelos 90 anos da Escola Manoel Silveira Bueno.
Olaia Rodrigues Silveira Bueno Verdelle
Professora aposentada

6º Depoimento
Recordar sobre a Escola onde fui alfabetizado é sempre muito prazeroso, com 49 anos de idade lembro ainda muito bem de todos meus professores desde o pré com a Profa. Arlete, dos diretores e bedéis, da sopa da Dona Cida e Dona Santa. Da organização da Escola, do Hino Nacional com as filas para entrada a sala de aula. Das bagunças que eu fazia e sempre bem feitas. Recentemente encontrei com uma ex-professora e no meio daquela conversa calorosa ela me perguntou: Pedro você colava nas minhas provas? Respondi: não conto, vai morrer na dúvida! Só posso dizer que hoje não existe como colar para realizar minhas cirurgias.

Parabéns a minha querida Escola, por 90 anos ensinando gerações. Parabéns ao Corpo Docente e Alunos. Peço que continuem zelando por Ela e lembrem que são as coisas boas que ficam.

Dr. Pedro Hortense
Doutor em Neurologia

7º Depoimento
“Abrir escolas é fechar prisões”
(Abílio Manuel Guerra Junqueiro, poeta português)

O meu coração se enche de júbilo por ter sido escolhido, dentre tantos, poder declarar o meu imenso amor, por este templo do saber, que completa 90 anos de existência.
É difícil falar da Escola Manuel Silveira Bueno, carinhosamente chamado de Manéco, sem que não me venha na mente os maravilhosos anos que ali vivi, como estudante e, posteriormente, como funcionário.
Eu não consigo falar do Manéco, sem que não me venha na mente tantas pessoas amigas e queridas, com quem eu tive a bênção de conviver.
Aproveito esta oportunidade para agradecer à minha professorinha, Maria da Glória Inaco Zulliani - Dona Glórinha - aquela que descortinou a ignorância do meu saber, alfabetizando-me.
Que Deus a abençoe, bem como todos os mestres de Borborema, do Brasil e do mundo! Vocês são verdadeiros faróis nas vidas de tantas crianças e jovens.
Do Manéco... só me restam saudades!
Que as futuras gerações de borboremenses saibam que eu, Frei Anízio, padre e franciscano estudou, limpou, riu, chorou e muito amou, enquanto caminhou pelos corredores de chão vermelho do Manéco. Foram dois momentos inesquecíveis da minha vida; quando aí estudei e trabalhei.
Hoje, só tenho a desejar a todos vocês que estudam e trabalham neste templo do saber, que cuidem com carinho e amor, como assim eu o fiz um dia.
Parabéns velhinho querido e saudoso! Parabéns, Manéco! Muitas saudades...
Frei Anízio Rodrigues de Oliveira Filho

terça-feira, 6 de setembro de 2011

ESCOLA MANOEL: DESTAQUE NO DESFILE CÍVICO

A E.E. Manoel Silveira Bueno participou com destaque no Desfile Cívico, realizado no dia 04/09/2011, representando "Os caminhos borboremenses", a bordo de uma Jardineira do ano de 1936 (propriedade da família Stainle), veículo que encurtou as distâncias no passado, sendo mais um passo para o progresso. Os alunos estavam caracterizados com roupas da época e os demais participaram do pelotão que saudou as autoridades presentes no evento. Parabéns a Equipe Gestora, coordenadores, professores, funcionários e alunos.





segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Comemorações da Semana da Pátria

No dia 01/09/2011, como parte das festividades de 90 anos a E.E. Manoel Silveira Bueno recebeu autoridades locais, bem como a visita de outras unidades escolares para a abertura oficial das comemorações da Semana da Pátria no município.






sexta-feira, 2 de setembro de 2011

COMEMORAÇÕES DO JUBILEU DE 90 ANOS - 4ª Parte

ESCOLA MANOEL, UMA TRAJETÓRIA DE SUCESSO.
“90 Anos de história, na história da educação de um povo"

Professoras dos 2º anos do Ensino Fundamental
Jucimara Flávio Simões de Oliviera
Maria Inês Bandini Fontana
Sonia Maria do Nascimento Games
             
       A E.E. Manoel Silveira Bueno é dirigida e orientada pela Diretora efetiva, a senhora Silvia Margarete Pierobon e pela Vice-Diretora professora efetiva designada, a senhora Rita Neide Duarte de Camargo e como PCP (Professor Coordenador Pedagógico) efetivo e do ciclo I, ocupa a função o professor João Batista Riguero Leme e do ciclo II o professor José Amarildo Ximenes. Temos ainda os professores efetivos que são selecionados por meio de concurso público estadual e ocupantes de função atividades que são contratados temporariamente e funcionários administrativos e de manutenção.
          Contamos também com os colegiados da escola que são:
  • Associação de pais e mestres fundada em 01/07/1979;
  • Conselho de Escola fundado em 28/04/1988;
  • Grêmio Estudantil fundado em 28/04/1988.
Há uma grande valorização do conceito de beleza, com salas, carteiras e paredes sempre limpas. O incentivo ao cultivo de plantas ornamentais é visto a “olho nu” com uma variedade de flores e arbustos nas áreas destinadas aos jardins.
São muitos os projetos desenvolvidos pela escola durante o ano letivo e que buscam a conscientização para problemas de saúde, elevação da auto-estima, disciplina, desenvolvimento do espírito crítico, além de outros vários objetivos. Dentre os projetos temos: Prevenção também se Ensina, Combate a Dengue, Coral “Wilson Silveira Bueno”, Alimentação Saudável, Brincando e Aprendendo, Leitura, Meio ambiente, A água, Preservação do Patrimônio, Reforço e Recuperação e Escola da Família. O ambiente escolar quanto ao estado de espírito, emoções e desejos são norteados pelo respeito e dedicação dos Gestores, Professores e Funcionários, procurando estar sempre um a serviço do outro de forma a desenvolver um trabalho coletivo produtivo em beneficio do Aluno.
 Para homenagearmos os 90 anos de nossa querida Escola Manoel foram convidadas algumas professoras aposentadas que fizeram parte dessa história.
“Que prazer comemorar os 90 anos dessa maravilhosa escola, na qual guardo grandes recordações que jamais serão apagadas.  Na minha infância, cursei da 1ª a 4ª série na escola Manoel, lembro-me muito bem dos meu primeiros professores, José Caponi, Mariana Bittar Abdul Nour, Lourdes Martins e Rosina Inaco.
Lembro-me da hora do recreio em que brincávamos de roda, pega-pega, amarelinha e outras, gostava de recitar nas comemorações cívicas.
O tempo passa, porém as boas lembranças ficam.  Estudei e me formei professora, sendo na escola Manoel que iniciei minha carreira como educadora e me aposentei, guardo boas lembranças das amigas de trabalho, todo mês fazemos uma reunião de professoras aposentadas, para não perdermos o contato.
Ser professor em épocas passadas era um grande sonho, profissão prestigiada, valorizada e reconhecida.
Com todo carinho do mundo lhe digo: Parabéns Escola Estadual Manoel Silveira Bueno, guardo grandes recordações de outras escolas por onde passei, mas você Manoel é especial, pois, foi o inicio de minha jornada.
A vocês colegas professoras do passado e colegas do presente um beijo de sua sempre amiga”.
Helena Aparecida Zanetti
Professora Aposentada

“Escola Manoel... Quanta história pra contar!  Fazendo 90 anos e muitos desses anos compartilhei, juntamente com amigos, professores e mais tarde com meus alunos e colegas de profissão...Sim!!! Fui aluna do Manoel e mais tarde professora nesta mesma escola, até me aposentar. 
Posso dizer que sinto muitas saudades dessa escola com a qual convivi por muitos anos, digo família...pois, ali sempre formamos uma verdadeira família (diretores, funcionários , professores e alunos), todos unidos com comprometimento, amor , muito trabalho e dedicação.   Que esta história continue assim, por muito tempo”.
Flora Conceição Gomes Viu Mourão
Professora aposentada
 
“Em 1969 me casei e vim morar em Borborema e em 1970 comecei a trabalhar em escolas rurais que eram vinculadas a Escola Manoel.  Quando me efetivei comecei a trabalhar com crianças da pré-escola, que me chamavam carinhosamente de “Tia Oneide”.
Foram anos maravilhosos, naquela época a escola era verdadeiramente uma família, os professores eram valorizados e respeitados.  Tenho saudades daqueles tempos, em que fiz verdadeiras amizades às quais cultivo até hoje. Foi nessa Escola Manoel que iniciei minha jornada como educadora e nela me aposentei.
Parabéns Escola Manoel pelos seus 90 anos e que seus mestres de hoje continuem contribuindo para o engrandecimento e enriquecimento da Nação”.
Oneide Terezinha Pini de Fávari
Professora aposentada
 
“Falar da Escola Manoel é com o coração, a minha escola, dos meus filhos e netos, tenho muito orgulho de ter feito parte dela durante dezenove anos. 
Em 1970 quando vim para o então Grupo Escolar Manoel Silveira Bueno, muita coisa era diferente da atual escola.  Tudo era muito simples, havia dificuldades tanto para alunos, como para professores. O material escolar era escasso , os alunos que não podiam comprar não tinham tudo o que precisavam para aprender.  O relacionamento entre alunos, professores e pais era bom, quando os pais traziam os filhos para a escola no primeiro dia de aula, diziam assim: “Aqui a sua mãe é a professora, você tem que obedecer e respeitar.”
Trabalhei muito com alfabetização, era gratificante, principalmente quando o aluno já alfabetizado escrevia bilhetes dizendo: “Tia Jacira, eu gosto muito da senhora.”
Nessa época a Escola Manoel era só de 1ª a 4ª série, alguns anos depois passou a ter também de 5ª a 8ª série, por causa da mudança no sistema de ensino.
Agora muita coisa melhorou, há fartura de livros e cadernos, boa alimentação e transporte. 
A Escola Manoel esta fazendo aniversário, 90 anos!  Parabéns a todos que estão trabalhando para comemorar essa data tão importante”.
Jacira Luiza Trevizan Hartung
Professora aposentada

Quantos dias lindos, cheios de risos, alegrias e trabalhos árduos, sempre em união com todos que aí trabalharam com o mesmo objetivo “trabalhar e amar a todos”.
Este ano “Escola” querida, você comemora seus 90 anos de luta. Parabéns!!!
Tudo passa e a saudade fica.
Saudades de amigos que já se foram com Deus e os que aqui estão e pouco nos encontramos.
A vida é assim, mas ela nos proporcionou também a oportunidade de convivermos com essa “turma” legal, como se fossemos uma família.
Obrigada “Escola Manoel Silveira Bueno” pela oportunidade que deu a mim, ao meu esposo e filhos, que por aí fizeram seus primeiros anos de estudos.
De sua ex-mestra, Alvina.
“Que Deus dê sabedoria para descobrir o certo, vontade para escolhê-lo e força para fazê-la durar”.
Alvina de Amorin Ramos Silvestrim
Professora Aposentada
 
“Tive o prazer de ser aluna da Escola Manoel, pois nela estudei, trabalhei e me aposentei no ano de 2005. Com o passar do tempo por falta de professor para substituir voltei novamente ministrar aulas. 
A Escola Manoel é como se fosse minha segunda casa, tenho um imenso prazer em trabalhar aqui, pois, encontro muito apoio na atual direção e equipe gestora.  Aqui se veste a camisa como antigamente e é por isso que esta escola vai para os seus 90 anos de cabeça erguida com todo mérito merecido.
Parabéns Escola Estadual Manoel Silveira Bueno”.
Neusa Luzia Vessoni
Professora Aposentada

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

COMEMORAÇÕES DO JUBILEU DE 90 ANOS - 3ª Parte

De Escolas Reunidas de Borborema a EE “Manoel Silveira Bueno”

“90 anos de história, na história da educação de um povo

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”(Cora Coralina)

                                                                         Por:
Lucimaira Cristina Grella Pechutti
Leonor Gimenez
Tarciso Peres Assad
             
Nesses 90 anos de história, a Escola passou por várias nomenclaturas, porém é a mesma Instituição de Ensino que tem contribuído para o enriquecimento cultural de quem passou e continua passando pelos bancos escolares. Nesse tempo muitas foram às legislações que regeram a Educação no Brasil. Muitas mudanças ocorreram, tendo em vista as transformações sociais e as necessidades de um povo. E como a história se faz pelas pessoas, recolhemos depoimentos de ex-alunos que ajudaram e participaram diretamente da construção de nossa história; cidadãos e cidadãs de bem que desempenham papel importante na sociedade dos quais a escola se orgulha de tê-los tido como alunos e alunas.

Há 67 anos...
Fui aluna do Grupo Escolar Manoel Silveira Bueno no período de 1944 a 1947, quando cursei o primário, no período da tarde. No prédio, que ficava no centro da cidade, onde hoje é a Loja do Salvador, havia salas de aula com carteiras duplas, pátio para recreio, sala do diretor e banheiros. Lembro-me das minhas professoras: Laura Juliani, Nair Silva Leme, Lurdes Pizzolante, Ilda Rodrigues, Maria Izabel (Dª Bisuca), Dona Mariana, Dona Noemia e Dª Marina Meireles; do diretor da Escola, Sr. Francisco Pécora e dos funcionários Dona Carlota e Senhor Erotides. Com minhas professoras aprendi caligrafia, Português, Matemática, História, Ciências, Geografia, Desenho e Catequese.
Diariamente, ao bater o sino, pelos funcionários, formava-se as filas, entrávamos para a sala de aula e cantava-se o Hino Nacional e logo após fazíamos exercícios físicos e respiratórios e alongamento corporal e após iniciava-se  mais um dia de aprendizado.
Fiz muitos amigos: Dionéia Alves de Morais(in memorian), Davina Américo Pinheiro, Mafalda Inaco, Angélica Rayes, Jane Tiosso, Alice Ianelo, Lito Foster, e muitos outros. A Merenda na época era: arroz doce, sopa com frango, macarrão, sopa de fubá. O uniforme das meninas era saia azul-marinho e blusa branca com distintivo da escola no bolso e também se usou um jaleco branco com distintivo no bolso,  para meninas e meninos. Eu utilizava material escolar oferecido pela “Caixa Escolar” porque não tinha condições de comprá-los; tinha a caneta de pena, molhada na tinta, que sempre acabava manchando o meu  uniforme. No recreio, gostava muito de brincar de pega-pega.
Aprendi a ler, escrever e ter os conhecimentos gerais básicos para me sentir integrada na sociedade. Lembro-me também de que nos dois últimos anos do primário comecei a trabalhar na casa do Médico da cidade na época, Doutor Osvaldo Fink e esposa. Eu ia ao trabalho com a bolsa de escola, pois de lá seguia para a escola e depois das aulas retornava ao trabalho onde ficava até às vinte horas, retornando para casa para tomar banho, fazer as tarefas escolares e dormir para que no outro dia estivesse pronta para cumprir novamente minha missão. Naer Alves do Valle Simões-Aposentada

Há 64 anos...
Meu nome é Valmir Penitenti, 71 anos, nasci em 22 de setembro de 1939, em Borborema  e estudei no Grupo Escolar Manoel Silveira Bueno do 1º ao 4º ano entre os anos de 1947 a 1950, período em que a escola era localizada na Rua Joaquim Martins Carvalho esquina com a Rua João Bento dos Passos. Era muito sacrificado, pois eu morava na Zona Rural a 7 Km da cidade e vinha a pé todos os dias para estudar, inclusive aos sábados, com uma bolsa de pano e pés descalços, pois não havia calçados para ir à escola.
Na época a merenda era comprada, ou a família doava uma saca de arroz para as crianças poder comer a sopa, ou então eu tinha que levar um caldeirãozinho de comida e a cozinheira Cidinha colocava em cima do fogão a lenha para manter quente. Os “inspetores de alunos”  eram: Senhor Herotides e Dona Carlota.
As salas de aula eram mistas, mas na hora do recreio as meninas brincavam separadas por uma cerca de balaustre que havia no pátio da escola porque os meninos não as deixavam brincar.
Eu me lembro que no 1º ano não havia salas suficientes na escola e minha classe funcionava em um salão da casa que havia na esquina, ao lado da escola, onde hoje está sendo construído um prédio. Lembro muito bem o nome do Diretor: Francisco Pécora e dos professores: Dona Fernanda, Dona Marina Meireles, Senhor Laerte, esposo de Dona Fernanda e novamente Dona Marina. Quando terminava o 4º ano, naquela época, os alunos recebiam  o Diploma e o meu  recebi em 1951, por ocasião da inauguração do prédio atual da Escola Manoel Silveira Bueno. Valmir Penitente-Agricultor

Há 55 anos...
Estudei na Escola da Fazenda São Sebastião do Senhor Vicente Giansante por três anos, de 1956 à 1958. Naquela época a escola da Fazenda era vinculada à escola Manoel.
“Lembro-me com muito carinho de minha professora, a senhora Magali Campos Lacerda, que residia e ainda reside na cidade de Itápolis . A professora viajava de ônibus até Borborema, depois um funcionário da fazenda vinha buscá-la de charrete e levá-la até à escola.
Andávamos por uma hora e meia, a pé, para chegar à nossa querida escolinha; os tempos eram difíceis, passávamos por uma estrada em meio aos pés de café, de ambos os lados, que anos depois deram lugar à plantação de laranja e atualmente à cana-de-açúcar.
Ao meio dia, novamente, fazíamos o mesmo percurso para chegar à nossa casa.
Era apenas uma sala de aula, com aproximadamente 30 crianças, onde dona Magali dividia a lousa para poder atender os alunos do 1º, 2º e 3º ano. Nos dois primeiros anos, o governo não oferecia merenda, que deveria ser levada de casa, somente em 1958 começou a ser servido o “leite em pó”, que tomávamos sentados no chão da calçada da escola ou na grama.
Não havia água encanada, tinha apenas um filtro, no canto da sala, para saciar a sede dos alunos.
Mesmo com todas as dificuldades é bom lembrar daquele tempo e saber que um dia fiz parte da história da nossa querida escola Manoel”. Inês Martins Carvalho Anselmo-Aposentada

Há 50 anos...
Estudei nesta querida escola, de 1960 a 63. Na quarta série do Ensino Fundamental, tive a honra de ser aluno da professora: Terezinha Bocca Torres. Guardo no âmago todos os ensinamentos dela recebidos. O gosto pela Leitura, técnicas de Redação, noções de Religião e, o mais importante: que  o saber  rompe barreiras de raça, cor, religião e de classe social. Dizia um grande líder sulamericano, que era necessário disciplina, mas com ternura, Dona Terezinha, era exatamente assim! Peço "vênia"  para, na figura dela, exaltar todos os Docentes, Direção e Funcionários desta instituição; que fizeram brilhar o nome da nossa amada Borborema.
Parabéns EE.Manoel Silveira Bueno. Flávio de Fávari-Funcionário Público Estadual-Aposentado

Há 38 anos...
Entre a sala e o pátio
Entrei no Manoel em 1973 e guardo boas lembranças dos meus amigos e professores. Posso dizer que aprendi tabuada para a vida toda com Ana Maria Franco Tagliatela e valores humanos importantes com Dalila Pizzolante. Mas o lado de fora da sala de aula, quando se é criança, tem especial atrativo. No Manoel, as árvores desenhavam nossos limites: havia uma grande paineira perto do muro lateral e duas árvores “sabão de macaco“ no pátio central, antes que a escola se expandisse para os lados da quadra. As brincadeiras da época, para os meninos, eram jogar bolinha de gude, bater bafo com figurinhas, brincar de “salva-salva”. E as canções de roda das meninas, que era a poesia da minha infância, permaneceram na minha memória por muitos e muitos anos. É incrível pensar que, hoje, algumas crianças dessa época provavelmente já são avós. Para quem via de fora, o recreio devia parecer uma bagunça confusa e barulhenta, mas para quem é criança tudo é muito organizado: o lugar de cada brincadeira, a formação de cada grupo. Todos valorizavam as merendeiras, por exemplo, a Dona Santa, que morava na esquina da quadra da escola e fazia leite com aveia, polenta com carne, canja de galinha, tudo muito gostoso. Nessa época, aprendi muitas outras coisas, entre a sala e o pátio: o que era ter um amigo, o que era estar apaixonado, o que era ter respeito pelos outros e o que era preciso fazer para ser respeitado. Aprendi que a amizade e a inimizade se aproximam, às vezes, e se convertem uma na outra, quando menos se espera. Havia dias trágicos e dias de glória, uns logo após os outros, pois quando se é criança tudo é muito grave e parece ter a importância que, no fundo, realmente deveria ter. Aprendi que estudar era um modo de entender os incômodos pessoais e coletivos e que a escola, ao invés de fechar os portões, abria para o mundo. Aprendi que se podia ler por prazer e escrever para compartilhar. No Manoel, ganhei meu primeiro concurso de redação, quando a escola estava sendo reformada e estudamos na Casa de Curso. Tive meu primeiro tênis, minha primeira calça jeans. Foi logo depois de abandonar o uniforme de camisa branca de botão, que era muito fácil de sujar. Alguns amigos do Manoel estudaram comigo até o fim do ensino médio, quando passamos para o Dom Gastão. Mas sempre me lembro deles, e de outros que nunca revi, desde então. Já não conversamos muito uns com os outros, mas quando cruzamos na rua, num feriado em que visito a cidade, ou numa das filas que se formam no pátio em dia de eleições, um olha pro outro e, mesmo quando não diz nada, pensa: olha ali o meu amigo de infância, que estudou comigo no Manoel! É como se tivéssemos juntado para sempre a história de nossas vidas. Marcos Siscar-Professor Universitário-Unicamp
Há 27 anos...
“Tive o prazer de ser aluno da escola “Manoel Silveira Bueno”, durante o período de minha pré-escola até findar o primeiro grau (8ª série), assim era chamado, o que hoje é ensino fundamental. Aos cinco anos de idade, fui matriculado na pré-escola e lá permaneci até meados de 1990, quando então, por não haver segundo grau, hoje ensino médio, tive que recorrer à outra escola.
Na época, os professores já eram excelentes, me recordo com saudade da “tia Áurea”(in memorian) ,o quanto foi especial, dedicando carinho, amor e atenção.
A “educação” era considerada recíproca entre alunos e professores; o professor era mais valorizado e os alunos mais interessados em aprender; eu temia à repreensão de meus pais, caso chegasse em casa com qualquer reclamação trazida da escola.
As diretoras, Sra. Soely e Sra Arlete, excepcionalmente “marcantes”, eram adoradas pelos alunos, pois sabiam discernir autoridade de “autoritarismo”; na escola haviam festas das Nações, diversos campeonatos esportivos, gincanas, que muitos destes envolviam nossas famílias, tornando-as muito atrativas.
Vejo que, hoje, a realidade é outra, não apenas o ensino mudou e sim a família como um todo; a geração é outra, e somos obrigados a acompanhá-la, mas sem sombra de dúvidas, os professores e diretores que hoje ai estão, são competentes e qualificados, pois alguns estudaram comigo e reconheço a capacidade de cada um deles e a escola Manoel, com certeza me traz saudades!” Renato Martins Carvalho-Professor de Educação Física